Vieste e ficaste. Nada te importuna, agora. Aposto que chegaste de mansinho e te aconchegaste. Ninguém havia para te ouvir. Ninguém havia para te ver. Solitária, a tua morte. Aconchego solitário para além da vida. Amo o teu silêncio.
OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DEVERÃO TER UM AUMENTO DE SALÁRIO INFERIOR AO DO ANO PASSADO! E O AUMENTO DO SEU SALÁRIO, DR. V. CONSTÂNCIO?!... FALE-NOS DO AUMENTO DO SEU SALÁRIO. O SEU SALÁRIO NECESSITA DE AUMENTO?
Tece,tece... O mundo roda na teia, na teia o mundo roda. Quem triste? Quem adivinha o que para além de lá existe. Teia. Névoa que pinga na alma. Que alma? Alma de Quem? Pingos. Gotas. Amo as gotas. Amo a teia. A teia triste é feliz. Que felicidade a teia!
Carregado, o horizonte adivinha tempestade. Eminente. Ao longe, raia-se electricidade. Cruzes no céu. A intermitência do ribombar ecoa. As telhas tremem. O peito não cabe no corpo e a testa na vidraça vinca suspeitas de terror: os camiões sucedem-se (dezenas), a poeira eleva-se, generaliza-se. Não se respira. O urânio mata.
Pode ser de tão longe o existir! Noutra estrada, para além do sonho, noutro lugar, noutro país, numa migradoura juventude onde tudo cabe, onde tudo é permitido, onde se entra e sai sem limpar os sapatos. Já se foi muito outrora, no entanto, não se deixou de ser... Não é, nada é, mas sente-se. Solidão, apenas. Passo mecânico para a compaixão.